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Farsul classifica Plano Safra como o melhor possível para o momento

Para Federação, atraso do orçamento no Congresso não permitiu melhor planejamento


O Governo Federal anunciou nesta terça-feira (22/6) o Plano Safra 2021/2020 que prevê a liberação de R$ 251,2 bilhões em recursos, sendo R$ 177, 78 bi para custeio e comercialização e R$ 73, 44 bi para investimentos. O valor é 6,3% maior do que o anunciado para a safra passada, que era de R$ 236,3 bilhões. Para a Farsul, foi um plano muito bom para as circunstâncias atuais. Com o atraso na tramitação do orçamento no Congresso Nacional, a aprovação da Lei do Congresso Nacional de número 4 (PLN 4), que recompõe o orçamento da União e viabiliza a equalização de juros para o Plano Safra, foi aprovada apenas em 1º de junho.

O economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, destaca o trabalho do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na construção do plano. "Foi um plano feito às pressas. O que, aliás, demonstrou uma grande capacidade de trabalho da ministra (Tereza Cristina) e sua equipe para termos um Plano Safra", avalia.

Para a Federação, o plano possui dos significados claros. O primeiro está no fato do agronegócio crescer mais que a economia geral do país. Isso faz com que o governo não tenha capacidade de acompanhar o setor para disponibilizar recursos, tornando necessário facilitar o acesso a outras fontes. "Então há um privilégio para o Fiagro que acabou de ser aprovado, a Lei do Agro não foi aprovada por acaso, o CRA garantido, que aliás contou muito com a participação da Farsul e da CNA, também não. Ou seja, para que tenhamos recursos temos que ter alternativas de mercado, modernizar o sistema de crédito e acho que este Plano Safra vai muito nessa direção, mostrando que todo esse arcabouço que foi aprovado recentemente não foi por acaso", comenta Luz.

Outro ponto identificado pela Farsul é o compromisso com o meio ambiente. "R$ 5 bi para ações diretas no meio ambiente é sem dúvida uma resposta tanto para as críticas internas, quanto para as externas no que diz respeito ao nosso modo de produzir. Não é só um discurso ambiental, está se colocando muito dinheiro e isso é algo que deve ser ressaltado", destaca o economista.

Em relação aos recursos, Antônio da Luz chama a atenção para o fato de que 64% dos recursos não possuem nenhum tipo de subsídio. "A maior parte do subsídio dos 36% que sobram privilegia a agricultura familiar, médio produtor e investimentos de uma maneira geral. É um plano muito bom para as circunstâncias em que foi construído. O aumento dos juros não surpreende em razão da curva da Selic estar alta e não há como o Plano Safra não acompanhar", explica.

O ponto negativo, conforme o economista, está no seguro rural. "O seguro nos surpreendeu. Esperávamos um crescimento e ele não veio. R$ 1 bi é um recurso bom, se mostrou assim no Plano Safra 2020/2021, pena não ser aumentado desta vez. Mas, enfim, nem tudo conseguimos fazer", concluiu Luz.

Fonte: Imprensa Sistema Farsul




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